Na série SOOTAIHO, ouvindo seu corpo.
Prosseguindo com a série SOOTAIHO, vamos a um exercício que considero o equilíbrio divino: é a prática da marcha.
Pensemos antes nos nossos movimentos cotidianos. Observe o andar. Quando se dá um passo com o pé direito, o braço esquerdo o acompanha, e o pé esquerdo e o braço direito ficam para trás, e vice-versa. Pare na rua e atente por alguns minutos ao caminhar das pessoas. Repare que todas andam do mesmo jeito, no geral diferindo apenas na velocidade. O mesmo acontece com os animais.
Nossos hábitos e rotinas − escovar os dentes, lavar a louça, apanhar algo caído no chão, dar um aperto de mãos, escrever à mesa, etc. − são executados com ações basicamente iguais. Ao lavar a louça, por exemplo, se a pessoa é destra, irá segurar os objetos com a mão esquerda e lavá-los com a direita, da qual será exigido sempre mais esforço. Durante a atividade, o pé direito é normalmente colocado à frente, e o corpo fica pendido para a direita, causando um desequilíbrio geral – todo o lado direito do corpo se sobrecarrega. No entanto, se o pé esquerdo for mantido à frente, a pessoa irá conseguir manter o corpo em harmonia. Parece muito simples, mas, para entender e dominar a lógica disso, é preciso de muita observação e de um tempo de adaptação para o próprio corpo aceitar o movimento como normal. O canhoto deve seguir a mesma lógica, só que aplicá-la ao contrário (mão esquerda em movimento, pé direito à frente).
São pequenas atividades, mas as consequências de sua má execução acumulam-se com os anos − o corpo vicia-se em certos movimentos, podendo decorrer vários problemas disso, tais como: dor de cabeça, no pescoço, nos ombros, nos braços, na coluna, na bacia, na lombar, no ciático, nos joelhos, afora os órgãos, que podem também ser atingidos, como pulmão, coração, estômago, fígado, rins, intestino, bexiga, etc.
Para evitar os problemas consequentes do desequilíbrio, além de manter a atenção aos movimentos, tentando compensar a sobrecarga do corpo, podemos fazer a marcha do SOOTAIHO, à qual me referi acima.
Como marchar?
De pé, com os pés paralelos e o corpo ereto, mantenha o olhar fito num ponto qualquer à frente de si. Ao expirar, comece a marchar em ritmo firme, sem sair do lugar e balançando os braços até a altura dos ombros. Repita a marcha de 30 a 50 vezes, e, com o tempo de prática, vá aumentando o número de passos. Fazendo a marcha todos os dias, você irá perceber a perna mais leve e o corpo mais flexível e equilibrado, e evitar inúmeros problemas de saúde.
1, 2, 3, marchando! Com os pés no chão, em equilíbrio andaremos.