revista solaris

Caminho Evolutivo no século XXI

Quando falamos de caminho evolutivo, pensamos logo num esforço individual para descobrir algo diferente, fixar isso, sempre desafiando os próprios limites. A busca do Caminho acontece quando a pessoa decide que não quer ser normal, comum, que quer ser alguém diferente, descobrir algo especial dentro de si.

Quatro caminhos de evolução são conhecidos:
• Caminho do Faquir: desenvolve a força de vontade pela ampliação dos limites de resistência do corpo físico;
• Caminho do Monge: desperta potencialidades especiais por uma conexão religiosa, afastando-se do mundo;
• Caminho do Iogue: permite o acesso a uma realidade mental diferente por meio de meditação para clarear a mente;
• Quarto Caminho: conjunto dos três caminhos anteriores sem afastamento do cotidiano, podendo ser chamado de “cotidiano desperto”.

Estamos no século XXI, vivendo numa realidade inédita. A sociedade tecnológica chegou a tal ponto de desenvolvimento que um ser humano comum não satisfaz mais. Hoje, além do currículo normal, com tudo o que a pessoa fez ao longo da vida profissional, existem exigências, às vezes faladas às vezes veladas, que nenhuma faculdade consegue suprir. A sociedade quer um ser humano qualificado: que seja um líder, saiba competir com as pessoas, tenha domínio emocional, saiba se comunicar com iniciativa e coragem.

Mas o que aconteceu? De repente, tudo aquilo que era tão importante para o caminho evolutivo, que a pessoa trilhava por escolha e esforço individuais, tornou-se obrigatório para satisfazer as exigências da sociedade atual. Agora, a humanidade está criando aquilo que chamo de QUINTO CAMINHO EVOLUTIVO assistido, que é, não apenas permitido, mas exigido pela nossa sociedade. Nos dias atuais, é extremamente importante saber qual é o seu potencial de liderança e como utilizá-lo. Trabalhar a própria motivação, tomar decisões sem se estressar, atuar na gestão de pessoas e não se irritar ou despedi-las tornaram-se pontos essenciais a um profissioal. As próprias empresas e instituições dizem: “Vamos fazer um treinamento”; “Vá meditar!”; “Está fazendo ioga?”, porque perceberam que tudo isso se tornou fundamental. Mas, para encontrar o caminho e trilhá-lo, é preciso achar referenciais dentro de si e casá-los com a realidade objetiva existente.

Vamos dar dois exemplos.
Primeiro, pensemos num profissional liberal. Ele é um dentista com um consultório próprio, onde manda e desmanda, dando vida a ele. Quando não está disposto, nenhum paciente aparece. Mas, quando bem-disposto, muita gente o procura para se tratar. O consultório dele é o seu Plano Físico, responsável por sua sobrevivência física. Além disso, ele tem permissão para exercer a sua profissão. Quem dá essa permissão é a sociedade organizada, visto que ele possui diploma e está em dia com o Conselho de Odontologia, além de pagar os impostos referentes ao seu consultório. Assim, além do Plano Físico (Plano de Sobrevivência), há um outro, o chamado Plano de Convivência ou Plano Vital. No primeiro ele atua como cidadão, no segundo como dentista. Podemos dizer que ele vive simultaneamente nos dois planos. Além disso, ele é também um profissional diferenciado, porque procura novidades, desenvolvendo outras técnicas de trabalho, indo atrás de novos conhecimentos. Ele aprendeu algo diferente, captado no que chamamos de Plano de Essência ou Plano Universal, no qual há permissão para novas possibilidades. Por sua vontade de aprender mais, chegou até um pequeno anúncio de jornal, que lhe abriu novas portas. O anúncio não era dedicado a ele, mas ele achou interessante e foi atrás disso. Isso não quer dizer que ele tenha sido escolhido, mas que conseguiu exercer seu direito de escolha. Por isso, é um profissional diferenciado, exercendo sua habilidade plenamente e aumentando sua eficiência e clientela, sua vida de modo geral.
O dentista conseguiu vencer individualmente, unindo sua realidade profissional e seu crescimento pessoal numa única realidade. Trilhou seu caminho evolutivo dentro do cotidiano. Quantos profissionais fazem isso? Muito poucos.

Os três Planos da Existência geram a nossa Realidade Objetiva. No Plano Físico, as pessoas buscam a sobrevivência. No Plano Vital ou de Convivência, o que vale é a função dentro da sociedade. A convivência com as pessoas acontece dentro de situações previamente determinadas. Cada um tem determinada função (pai, engenheiro, amante etc.), com suas obrigações inerentes. Já no Plano Universal ou da Essência, a pessoa está em condições de sair da obrigação de exercer determinado papel, utilizando plenamente sua individualidade, que permite fazer escolhas, tomar decisões e obter realizações. Este dentista, que já se diferencia pela profissão em si, está sempre em busca de novidades, pois sabe que tem força e energia e que, se qualquer tipo de problema aparecer, consegue resolver.

No segundo exemplo, temos um diretor de marketing de uma empresa. Ainda é jovem, mas certamente tem muitas responsabilidades. O trabalho dentro da empresa acontece no Plano Físico, embora de forma diferente do profissional liberal, que manda e desmanda em seu local. A empresa que o contratou não quer que ele atue num mundo conhecido, mas que abra novos caminhos para expandir o produto e o nome da empresa. Imaginemos que ele foi contratado para ser um funcionário diferenciado, buscando novas possibilidades num mundo em crise. O que ele pode usar a seu favor? Podemos pensar na intuição e na sua facilidade de convencimento e de conversar com o cliente. Mas essa tarefa seguramente vai gerar muita pressão e incerteza, pois a atuação envolve riscos. Ele só vai conseguir obter bons resultados se enxergar ao mesmo tempo as novas possibilidades e as consequências de sua aplicação na empresa. Para chegar a esse nível, é preciso entender bem o conceito dos três planos, utilizando o potencial energético da sua individualidade. É possível aprender isso em uma faculdade? Não há como.

Para suprir essa carência, foi criado o curso Caminho Evolutivo no Século XXI, buscando introduzir o potendial do indivíduo dentro do cotidiano. O curso permite que a pessoa se posicione nos três planos por meio do conhecimento e uso do potencial energético individual. Um conhecimento fundamental àqueles que querem viver plenamente suas possibilidades, ultrapassando as obrigações cotidianas.

Sofia Mountian
Sofia Mountian dispensa maiores apresentações – criadora da Teoria da Abrangência, fundadora do Instituto Solaris, presidente da ONG Solaris e uma das sócias da Plênita Consultoria. Sofia, no intuito de esclarecer dúvidas sobre a Teoria da Abrangência, o crescimento do ser humano e assuntos de interesse dos solarianos, escreve mensalmente na Revista Solaris.
Compartilhe:

veja também

edições anteriores

outros títulos do autor

Spinoza

Baruch Spinoza, nascido em 1632, em Amsterdã, e morto em Haia em 21 de fevereiro

Sabedoria de Hipócrates

Hipócrates, famoso médico grego, é considerado pai da medicina ocidental. Pelos padrões da época, teve

Mentoria

A Mentoria, a prática milenar de compartilhar conhecimento e experiência, tem se destacado como uma

Envelhecimento

O envelhecimento é um tema que vem sendo bastante discutido. A expectativa de vida aumentou

Estresse e progresso

Estresse é uma reação natural do organismo diante de alguma situação de perigo ou ameaça.

Hard e Soft Skills

A Teoria da Abrangência apresenta modelos de autoconhecimento extremamente válidos para a adaptação do ser