O cérebro eletrônico comanda. Manda e desmanda. Mas ele não anda.
A IA, inteligência artificial, ou capacidade que os sistemas computacionais têm de realizarem as tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, teve seu primeiro destaque em 1956, na Conferência de Dartmouth, que reuniu pesquisadores proeminentes e é considerado evento fundador deste campo de estudo.
Simplificando, uma IA é formada por um banco de dados, quantidade massiva de dados organizados segundo uma metodologia, e algoritmos, conjunto de funções e regras que um programa de computador possui para executar uma função.
A IA percorreu um grande caminho e hoje está presente em muitos aspectos de nossas vidas cotidianas, mesmo que nem sempre percebamos. Desde os algoritmos que nos sugerem caminhos no Waze até os assistentes virtuais em nossos smartphones, a IA está constantemente trabalhando nos bastidores para otimizar e melhorar nossas interações com a tecnologia.
Em 2022, tivemos o lançamento do ChatGPT desenvolvido pela OpenIA. Este novo sistema causou uma polêmica, já que conseguia criar conteúdo sobre diversos temas. Há algum tempo, uma amiga admitiu ter usado os serviços para escrever o discurso de bodas de outo dos avós e que tinha sido um sucesso, todos se emocionaram. Em seguida, falou que jamais contaria para ninguém da família que usou a ferramenta, como se, no fundo, não achasse correto ter se utilizado de uma máquina para produzir algo tão humano. Uma trapaça.
De outro lado, temos infinitas plataformas e sistemas que vêm sendo desenvolvidas e nem sempre funcionam corretamente. Certa vez, uma confirmação de reserva de hotel enviada para a pessoa errada por um sistema de check-in online deixou uma esposa enciumada. Esta colocou o marido para fora de casa e ele acabou bêbado na frente do hotel e só saiu depois de chamarem a polícia e tudo ser esclarecido. No caso, a IA não foi tão inteligente, mas errar é humano.
Dr. Miguel Nicolelis, neurocientista, considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do mundo em 2009, costuma dizer: “Que a IA não é nem inteligente, nem artificial”. Ele afirma que toda IA se baseia em um banco de dados que é passado, e não poderia criar algo diferente do que já foi feito.
O fato é que estamos passando por uma revolução tecnológica que irá mudar o mundo e é importante estarmos atentos às mudanças e sabermos tirar o melhor da tecnologia.