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Constelação Sistêmica Familiar

Um olhar para o novo

O criador das constelações sistêmicas familiares foi um alemão nascido em 1925, chamado Anton Hellinger e conhecido como Bert Hellinger.

Aos 5 anos, os pais o deixaram com os avós, até o seu ingresso na escola, e, aos 11, sua mãe arrumou suas malas e o colocou num trem, sozinho, em direção à Aloysianum, um seminário e internato. Aos 17 anos foi convocado para a Segunda Guerra Mundial, servindo até os 20.

Em 1946, Bert entra para o mosteiro dos missionários de Mariannhill, recebendo o nome religioso de Suitbert, do qual usou a abreviatura, Bert, para o resto da vida.

Sua ordenação como padre saíra em 1952 para Diocese na África do Sul, onde permaneceu até 1969, quando foi acusado de heresia, retornando à Alemanha e construindo um novo caminho através de todo o conhecimento que recebera.

Assim, ele formatou o que hoje entendemos como CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR.

Suas observações definiram as três leis sistêmicas denominadas AS ORDENS DO AMOR. São elas:

• Hierarquia;

• Pertencimento;

• Equilíbrio entre dar e receber.

Os emaranhamentos nas relações surgem quando essas leis estão em desordem.

“O amor em ordem flui, o amor fora de ordem adoece.”

Bert Hellinger

As constelações nada têm a ver com religião, elas são física quântica, neurolinguística e neurociência.

A física quântica está presente nos movimentos sistêmicos, em que o campo morfogenético traz as informações atemporais e acessamos as reverberações do passado, presente e futuro.

A neurolinguística envolve frases de autorregulação que ocasionam uma transformação nas nossas emoções em relação aos traumas transgeracionais que trazemos dentro de nossas células.

A neurociência está presente no fato de carregarmos em nossa memória celular crenças e comportamentos de nossos ancestrais (pais, avós, bisavós, podendo se estender até 12 gerações passadas), pois não recebemos somente o genótipo, a cor dos olhos, pele e cabelo, mas também todo o emocional, que nos é transmitido através dos neuropeptídios e neurônios espelho, durante nossa gestação.

Muitas vezes, usamos o psicodrama de Jacob Levy Moreno.

Os participantes escolhidos para a representação do psicodrama em questão percebem o processo fenomenológico, sentindo em seus corpos sensações como medo, raiva, tristeza, angústia, alegria, amor, entre outros.

Essas informações estão presentes no “campo morfogenético”, explica o cientista britânico Rupert Sheldrake.

Os movimentos são realizados pelos participantes e revelam as questões a serem trabalhadas.

A pessoa que é constelada precisa estar disposta a perceber com a alma, com o coração, e não com a mente lógica, sem críticas e sem julgamentos.

As três leis do Amor, HIERARQUIA, PERTENCIMENTO e EQUILIBRIO ENTRE DAR E RECEBER entram em harmonia. Assim, surge a “imagem da solução”.

“Quando carrego os pais no coração não preciso carregar na personalidade.”

Glaucia Paiva

Silvíà Rossi
É terapeuta sistêmica com formação no Brasil e na Alemanha. Hoje desenvolve um lindo trabalho das Constelações Sistêmicas Familiares com os Cavalos como terapeutas. Solariana desde 2012.
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