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Crianças índigo e cristal

A pedidos, reapresentamos o resumo da palestra de Sofia Mountian ministrada na ONG Solaris em março de 2009.

O aparecimento da criança índigo se deu logo depois da Segunda Guerra Mundial, mas sua presença ficou mais evidente em meados dos anos setenta. O nome índigo refere-se à cor de sua aura, de forte tonalidade azul. Essas crianças dão muito trabalho por suas características – são extremamente inteligentes, sabem que vieram ao mundo para mandar, de caráter muito forte, hiperativas. É impossível mandar numa criança índigo, ela nunca aceita um “não” como resposta, ficando irritada, raivosa e agressiva.

Na prática, elas acabam ensinando aos pais. Ao mesmo tempo, a convivência pode ser muito difícil para eles, assim como para os professores e educadores, que não sabem como lidar com esse tipo de jovem. Ele não obedece, é extremamente agitado e perturba a ordem, pois não precisa decorar nada, tem o raciocínio rápido e capta tudo, bastando compreender o assunto em sua totalidade.

No fim da década de 1990 surgiu outro tipo de criança, com grande inteligência e força de vontade. É a criança cristal, extremamente amorosa, principalmente com a mãe. É também poderosa, sabe a que veio, com uma força moral absolutamente definida. Outra característica dessa criança é ser grande – cabeça grande e olhos muito penetrantes. São chamadas cristal pela aura de matiz cristalino-dourado. É uma criança que se realiza com facilidade, supera as dificuldades com força de vontade quase imperturbável. A criança cristal é um pouco mais ajustada do que a índigo, esta sempre muito rebelde, ativa e livre.

Conforme pesquisas recentes e relatos de psicólogos e especialistas em educação, a maioria das crianças de agora apresentam características índigo ou cristal. Na área da ufologia, dizem que estas crianças vêm de outras galáxias, pois, em função da posição da Terra, em fase de entrada no anel de fótons, o grau de consciência está aumentando muito, com necessidade de aprimorar nossa espécie. Existe também uma explicação ligada ao espiritismo, afirmando que estas crianças são espíritos elevados. No entanto, independentemente da área, estão todos de acordo com o fato de que as crianças atuais têm pontos muito diferenciados. 

Pela linguagem da Teoria da Abrangência, a criança cristal pertence à 6ª Dimensão; e a índigo à 5ª Dimensão1. Mas o que isso significa?

Desde a chegada de Cristo e antes do aparecimento de Moisés, a humanidade começou a entender que existe determinada Lei Superior e que, implantando uma lei na vida, as coisas tendem a funcionar melhor. Até o início do século XX vivemos basicamente sob domínio da lei. Temos a constituição, a democracia, leis relativas a todos os assuntos e em todos os lugares – criamos muitos sistemas baseados na lei. Ao longo do século passado, no entanto, essas leis passaram a ser questionadas. Depois de perceber o óbvio e o previsível, ficou claro para todos que também existe algo não tão óbvio nem tão previsível, principalmente com o advento da Física Quântica, que colocou todos os nossos velhos conceitos e valores em xeque.
Com as novas descobertas científicas, começamos a trabalhar com novas  tecnologias, vivenciando um mundo não regido pela lei, como, por exemplo, o conhecimento atômico, relacionado com energias. Isso produziu importante mudança de mentalidades, sobretudo depois da Segunda Guerra.

Estas crianças, portanto, chegam a um mundo no qual a velha mecanicidade do olhar já não funciona mais. A criança cristal vem com carga emocional capaz de impor aquilo que quer, sem questionar o que já existe. Ela tem também enorme consciência ecológica, e de várias outras coisas, sem que ninguém precise passar isso a ela. Já a criança índigo surge intelectualmente muito evoluída, mas emocionalmente confusa – parte que precisa ser trabalhada.

A criança cristal traz a alma em si, ou seja, ela não depende das situações, mantendo sozinha o grau necessário de energia e de motivação. Contudo, há a questão de adaptação ao corpo material. Muitas vezes elas apresentam problemas físicos, principalmente na infância.

A criança índigo traz outro tipo de problema de adaptação. Ela tem dificuldade de ajustar-se ao mundo, vivendo de certo modo isolada, pois poucos conseguem entender seu grande potencial. Ela quer mandar, mas não tem estabilidade emocional para isso, surgindo muitos medos.

Existem quatro tipos de criança índigo: humanista, conceitual, artística e multidimensional. Uma criança índigo artística, por exemplo, por meio de seus desenhos se expressa e se comunica. Ao lidar com uma criança índigo, você obrigatoriamente cresce, porque, se não o fizer, vai haver brigas e conflitos intermináveis. Os pais precisam estabelecer contato usando a mesma linguagem dessa criança para conseguir compreender o que ela quer. O mais importante ao lidar com ela é negociar sempre, colocar-se de igual para igual, e nunca mandar nela. O que vale é a compreensão.

As crianças índigo e cristal vivem dentro da Realidade Objetiva2, sem apego a padrões estabelecidos, e com poder e facilidade de destruir sistemas. É como se nascessem já sabendo quem é seu Gestor3, principalmente em se tratando da criança cristal. Nos cursos do Solaris oferecidos aos adolescentes, com um programa que trabalha muito com a noção de Realidade Objetiva, tivemos a chance de perceber que a compreensão que estas crianças têm das coisas e do mundo é impressionante. O adulto “normal” não vive a Realidade Objetiva, pois sente ciúme, raiva, medo. Mas, quando ele consegue lidar com esta nova criança, tudo se torna diferente a ele. Isso mostra que, querendo ou não, estamos partindo para novos horizontes.

Quem não sabe lidar com a totalidade não tem como conversar com as novas crianças. Elas vêm para quebrar o ciclo do sistema arquetípico de situações que definem a nossa relação com o cotidiano. Ou crescemos com elas, e desenvolvemos o pensamento em sua abrangência, ou vamos sofrer muito. As crianças índigo e cristal vieram para chacoalhar o mundo e os velhos valores.

1De acordo com a Teoria da Abrangência, a 5ª dimensão abrange o mundo das possibilidades, como a genética; e a 6ª dimensão, a essência das coisas. A 3ª dimensão está ligada ao mundo tridimensional e à materialidade; e a 4ª dimensão, à noção de processo e de tempo contínuo – passado, presente e futuro.
2Também um conceito da Teoria da Abrangência, a Realidade Objetiva só pode ser vista integralmente quando são levados em consideração a ação, a motivação e o pensamento em determinado local.
3Cada pessoa possui o próprio Gestor, que traz percepção e vitalidade relacionadas com a 5ª dimensão, sendo que a teoria oferece diversas técnicas e instrumentos, como o Eneagrama e a Matriz Multidimensional, para estabelecer contato com ele.

Sofia Mountian
Sofia Mountian dispensa maiores apresentações – criadora da Teoria da Abrangência, fundadora do Instituto Solaris, presidente da ONG Solaris e uma das sócias da Plênita Consultoria. Sofia, no intuito de esclarecer dúvidas sobre a Teoria da Abrangência, o crescimento do ser humano e assuntos de interesse dos solarianos, escreve mensalmente na Revista Solaris.
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