Eis que estava cantarolando a magistral música do Paulinho da Viola “Dança da Solidão” e, numa fração de segundo, parei nas frases ¨Desilusão, desilusão, danço eu, dança você, na dança da solidão”. E a reflexão que veio a seguir foi: por que nos iludimos?
Nos iludimos porque nossos sentidos ou nossa mente fazem com que interpretemos erroneamente um fato ou uma sensação. Na ilusão há a ideia de que algo faz parte do real, mas que não é uma verdadeira realidade. É um devaneio, um sonho, um produto da imaginação.
Assim, entrei numa reflexão sobre as minhas desilusões e confesso que de algumas até ri de tão pueris que foram, outras entraram para meu arquivo da aprendizagem.
E as frases seguintes da música “Meu pai sempre me dizia: meu filho, tome cuidado, quando penso no futuro não esqueço do passado…” me trouxeram a certeza de que só temos o presente para tomarmos acertadamente as decisões que interferirão no nosso emocional, em nossos pensamentos e ações.
Então o que fazer? Seguir corretamente os passos: Pare imediatamente o que estiver fazendo; observe onde você se encontra, com que emoção você está interagindo com o outro ou com o meio e como você está comunicando suas ideias e sentimentos.
Esse choque de realidade é para nos ajudar a não tomarmos decisões baseadas em ilusões, pois dia mais, dia menos a desilusão chegará.
O poeta ainda nos dá um conselho: “Apesar de tudo existe uma fonte de água pura, quem beber daquela água não terá mais amargura”.
Essa fonte se encontra em nós mesmos. Ela se apresenta quando de forma consciente tomamos decisões a partir da observação da realidade objetiva que nos cerca e a aceitamos de forma objetiva.
Bem, agora não temos desculpas, ficaremos só se quisermos em nossas vidas com o verso “Desilusão, desilusão, danço eu, dança você, na dança da solidão”.