Andei pensando no filme Os deuses devem estar loucos, que eu nunca vi por inteiro, mas o pouco que eu vi achei muito engraçado e já agendei para assistir em breve. O título cai bem para o nosso momento, março de 2022, aqui no planeta Terra. E cai bem também para o assunto deste artigo, um assunto que eu adoro: Deuses.
Em Los Angeles é fácil falar de anjos, Deuses e Deusas. A cidade continua sendo um ninho desses seres sobre-humanos, radiantes de glamour e talento na música, cinema, esportes. No topo da minha lista de Deuses coloco o Lebron James, jogador de basquetebol.
James está espetacular este ano. Apesar do time em que ele joga, o nosso amado Lakers, estar jogando mau, James arrasa na quadra. Ele acaba de passar, com seus 37 mil pontos, para o segundo lugar dos jogadores com mais pontos na história da liga. Eu consigo imaginar o esforço sobre- humano que é jogar nesta liga. Da última vez que joguei basqueste, uns 3 anos atrás, em 10 minutos meu pulso doía. A bola é pesada, o chão duro, dói o joelho, para jogar a bola na cesta precisa de força, a cesta é alta. James joga na NBA desde 2003. São 19 anos de carreira numa liga competitivíssima na qual todos os movimentos dos jogadores são computados. As cestas de 2 pontos, cestas de 3 pontos, pontos/jogo, média de pontos, passes, rebotes, a temporada oficial tem 82 jogos espalhados pelo país inteiro. É voo de avião para tudo que é lado. São 30 times que competem com jogadores que têm uma média salarial de 7,3 milhões de dólares por ano. Com todo esse dinheiro envolvido, a ordem é competir, competir, competir. O que mais me impressiona no James é como ele não se contunde. Ele está sempre jogando. Tem jogador que fica no banco de propósito para se resguardar para jogos mais importantes, James sempre arregaça as mangas e cai na quadra para ganhar, suar, lutar, para que o time dele tenha consistência e categoria. Apesar de toda a fama que tem, é considerado um dos jogadores mais generosos na quadra, um rei de passes. É maravilhoso ver este exemplo de dedicação e disciplina. Veja como ele joga: LEBRON.
A minha lista de Deuses continua com o Cary Grant. Que ator maravilhoso. Sempre fui sua fã, eu adoro o Alfred Hitchcock; Grant e Hitchcock era um casamento perfeito. Neste Natal fiquei ainda mais fã do Grant. Assisti ao Bishop’s Wife, traduzido no Brasil como “Um anjo caiu do céu”, um filme com uma mensagem linda, perfeita para as festas de fim de ano. Eu recomendo. Por ocasião de um dos meus passeios por Hollywood, anos atrás, dei de cara com um portão onde havia uma placa que dizia que o ator Cary Grant havia morado num estúdio naquele prediozinho. Até tremeu meu coração. Imaginei esse Deus da espécie humana, para mim o homem mais elegante e bonito de todos, que trazia um humor delicioso para os papéis que representava, num estudiozinho ali naquele prédio, ensaiando para suas audições sem nem imaginar que um dia mudaria para uma mansão no lado rico da cidade e se tornaria… um Deus!
Para terminar com os meus Deuses, volto ao esporte, para um Deus que de louco não tem nada. Um dos jogadores mais excepcionais da atualidade, o Cooper Kupp, jogador de futebol americano, joga no time de LA, o Rams, como wide receiver. Acabamos de ganhar o título nacional e o Kupp foi peça-chave na vitória. A humildade desse rapaz cativou a todos. Um Deus no futebol e ao mesmo tempo um rei de humildade? Como dizia o Poderoso Chefão, uma oferta que ninguém recusa.