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Empresa, uma escola iniciática?

A entrevista dá continuidade à série “Conversa com Sofia Mountian”, em comemoração aos 25 anos do Instituto Solaris.

Revista Solaris: Na nossa última conversa, você disse que uma empresa pode ser considerada uma escola iniciática. Nesse sentido, como a escola, a empresa também seria composta de quatro níveis: externo, interno, evolutivo e imortal. Você pode explicar melhor o que significa cada nível no contexto empresarial?

Sofia Mountian: Vamos relembrar o significado dos níveis. O primeiro é o externo. Esse nível estabelece o contato da escola com o mundo. Existe interação com o meio ambiente, ou seja, há uma linguagem que possibilita o contato com as pessoas. Nesse nível a empresa aparece através do seu produto, que sempre envolve três aspectos: finalidade do produto, comunicação do produto com o mundo e credibilidade através da marca ou do nome da empresa. É por esse nível que a empresa consegue visibilidade e retorno, principalmente financeiro.  
O segundo nível é o interno. Ele envolve os funcionários da empresa e os processos internos, tanto produtivos como administrativos. Esse nível não é visível ao mundo externo, mas de seu bom funcionamento depende o desempenho e a manutenção da vida da empresa. Os funcionários têm o dever de trabalhar bem, enquanto a empresa precisa cumprir os encargos assumidos, como efetuar salários e cuidar das condições de trabalho.
O nível evolutivo é ocupado pelo corpo de executivos, que tem responsabilidades bem diferentes do dia a dia da empresa. Os executivos respondem por decisões de risco, por gerir novas tendências técnicas e administrativas, pela renovação do quadro de funcionários, pela gestão de recursos administrativos, técnicos e financeiros. Esse nível é muito importante para uma empresa e deve ser evoluído, pois a estagnação pode representar a morte da organização. O nível executivo requer o contato com conhecimentos diversos e aparentemente desligados do cotidiano da instituição. 
O nível imortal envolve o dono da empresa ou seus prepostos. O dono pode ser chamado de mestre ou sacerdote, pois ele representa externamente a empresa, expandindo sua influência, o que não envolve apenas o mercado consumidor, mas também responsabilidades para com o meio ambiente e sua sustentabilidade. Esse nível envolve a durabilidade da empresa, pois aqui são definidas suas políticas vitais. O dono da empresa trilha seu caminho evolutivo tendo em mãos uma tarefa muito importante: ele se torna um elo entre planos, pois intuitivamente traz de planos superiores uma energia muito necessária para os tempos modernos.

RS:
 Os trabalhos da Plênita, uma empresa de consultoria que criou ao lado de profissionais de áreas diversas, são elaborados com essa linha de pensamento?

SM: Exatamente. Os projetos empresarias ligados à Teoria da Abrangência começaram em 1995, mas se intensificaram depois de 2000. Um dos motivos disso foi a criação de uma ferramenta que possibilita enxergar as potencialidades da empresa e dos seus funcionários, a Matriz Multidimensional.

RS: Como os produtos da Plênita respondem aos quatros níveis de uma empresa?

SM: A Plênita trabalha com diversos produtos, sendo que todos eles estão disponíveis ao nível externo, ou seja, estão perfeitamente adaptados ao mercado consumidor, com uma finalidade clara, comunicação compreensível e marca registrada. A elaboração dos produtos é feita pelo nível interno. Ao longo desses anos, muitas pessoas se especializaram e estão aptas a aplicar as ferramentas da Plênita, inclusive, muitos alunos do Solaris utilizam os produtos nas próprias empresas. O nível evolutivo conta com pessoas comprometidas com o crescimento e desenvolvimento da Plênita. A parte imortal é ocupada por mim e por minha sócia Miriam Inoue.

RS: 
Quem são os maiores beneficiados dos produtos da Plênita?

SM: Em geral, os produtos da Plênita são elaborados para o uso de executivos e empresários, mas desenvolvemos workshop’s que abrangem todos os funcionários da empresa.

Antes de concluir, eu gostaria de destacar a importância da evolução individual dos executivos. Ao fazer parte dos níveis evolutivo e imortal de uma organização, as exigências energéticas tornam-se enormes. Isso significa que cada executivo deve ter conhecimento profundo do próprio potencial. Temos, inclusive, dois tipos de coaching criados exatamente para essa finalidade.

RS:
 Muito obrigado.

SM: Foi um prazer, até a próxima conversa.

 

Mais informações: www.plenita.com.br

Sofia Mountian
Criadora da Teoria da Abrangência, fundadora do Instituto Solaris, presidente da ONG Solaris e uma das sócias da Plênita Consultoria. Sofia escreve mensalmente na Revista Solaris.
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