Estresse é uma reação natural do organismo diante de alguma situação de perigo ou ameaça. Essa reação nos coloca alerta, provocando alterações físicas e emocionais. É possível dizer que se trata de uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.
A reação fisiológica se manifesta em forma de tensão. Existem dois tipos de estresse: o agudo, curto e passageiro, e o crônico, constante, que nos acompanha cotidianamente.
O estresse começa a ser nocivo quando se torna crônico. Ele altera a qualidade da vida, gera tensão permanente, insônia, agitação, irritação e cansaço, entre outros efeitos desagradáveis. Há um esvaziamento da energia vital, abrindo portas para muitas doenças. O Solaris oferece várias técnicas de combate ao estresse crônico. É possível enfrentar esse inimigo, basta introduzir mudanças comportamentais no cotidiano.
Mas o estresse tem também um lado muito benéfico. Sviatosláv Medviédev, diretor do Instituto do Cérebro, na Rússia, afirma que o estresse agudo, momentâneo, pode forçar o organismo a trabalhar melhor, com mais eficiência.
Ele dá o seguinte exemplo. Num zoológico, um casal de tigres não conseguia procriar, mesmo em condições extremamente favoráveis para isso. Ao procurar uma saída, foi criada uma situação diferente para eles. O casal começou a receber alimento três vezes por semana, depois até uma vez por semana, em vez da comida servida diariamente. Após algum tempo, apareceram filhotes. Medviédev definiu a mudança com o estresse, produzido por uma situação fora da normalidade, que mobiliza o corpo e provoca alterações hormonais.
A zona de conforto é prejudicial quando uma pessoa deseja muito alguma mudança e não é capaz de alcançá-la. Ela não consegue largar o que a desagrada, pois sente insegurança e medo de conseguir algo melhor.
Quando situações assim acontecem, introduzir um fator de sacrifício consciente no cotidiano, uma espécie de pequena provação, é bastante válido. Pode ser a eliminação de algum tipo de comida de que a pessoa goste ou a introdução de alguma atividade física desgastante. Isso gera um estresse momentâneo que ajuda a sair da zona de conforto. A aceleração e a intensidade produzem energia que dão coragem para aceitar as mudanças. E, como num passe de mágica, novas oportunidades aparecem.
No entanto, o ócio também pode se tornar um impulso para a mudança, ou seja, dedicar-se a uma atividade gostosa e nada produtiva. Muitas vezes ficar à toa, descansar, não pensar, é o suficiente para relaxar. Medviédev afirma que uma situação prazerosa, que produz endorfina no corpo, o hormônio da alegria, aumenta o bem-estar e auxilia na eliminação de tensões, de modo que a pessoa começa a enxergar possibilidades para chegar ao seu objetivo que antes não via.
Fonte: Yoki.ru