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Felicidade

Estamos vivendo tempos difíceis e atravessando mudanças planetárias. Temos que praticar o amor de todas as maneiras possíveis, para que a Terra possa ser um habitat agradável e realmente um lugar de regeneração da Humanidade.

O nosso maior poeta, que teve como frequente o amor, é, para mim, Vinicius de Moraes, que compõe o “Soneto de Fidelidade” no Estoril, em outubro de 1939.

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Maria Tereza Sampaio
Engenheira, aluna e sacerdotisa do Instituto Solaris, que frequenta desde 1989. Participante do Grupo Meditação da Esperança.
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