Hoje é domingo. Acabei de participar da meditação mensal com o pessoal da ONG Solaris. É a única organização não governamental que conheço que não aceita sócios que não tenham engajamento com a própria evolução. Somos um grupo em que cada um tem conexão com a Egrégora Espiritual Solaris, com todos os solarianos e consigo mesmo.
A meditação de hoje foi excelente, com participação de quase 50 pessoas. Me senti muito bem. A sensação de plenitude interior tomou conta de mim. É um estado único que atende também pelo nome felicidade.
Mas o que é felicidade? Sem dúvida, é a sensação de plenitude que experimentei hoje depois da meditação. Um estado de paz interior que gera um estado de unidade. A sensação de ser comandante de mim mesma, de estar presente em todas as partes do meu corpo, em cada célula, em cada pensamento, em cada parte do meu ser. É um estado de serenidade e de não tensão.
Três séculos antes de Cristo, Epicuro, filósofo grego, dizia que felicidade é a ausência completa de dor. Qualquer dor: física ou emocional. É muito importante permanecer no estado de não tensão e manter o corpo relaxado. Não deixar nenhuma situação externa romper a serenidade.
Tilopa, guru tibetano do século XI, falava: “Não faça nada com o corpo, exceto relaxar; feche bem a boca e permaneça em silêncio; esvazie a mente e não pense em nada”. É uma das primeiras práticas que o aluno do Solaris aprende.
É muito importante aprender a relaxar, a manter o corpo descontraído, sem se desgastar com o cotidiano. Afinal, tudo passa. Isso também vai passar. Não se deixe influenciar por situações passageiras. Quando surgir um problema, resolva-o na hora.
Xantídea, monge budista do século VIII: “Se você pode resolver seus problemas, por que está se preocupando? Se você não pode resolvê-los, por que, então, preocupar-se?”.
Claro que nem tudo depende da nossa pessoa, mas existe algo que está sempre ao nosso alcance: não deixar os problemas de fora interferir no estado de não tensão do corpo. O corpo não tem culpa e não deve ser vítima de nossos contratempos.
No Solaris costumamos falar: “Eu não sou a situação, eu estou na situação”. Sou uma participante, faço a minha parte da melhor maneira possível. Terminou o dia, fecho a “porta” e elimino as lembranças de tudo que de negativo aconteceu nele. O meu corpo e minha mente devem ser limpos, preparados para o dia seguinte. Não posso carregar as tensões e os problemas comigo. Não mereço isso. Mas esta atitude só depende de mim.
A sensação de felicidade também vem quando consigo concluir uma tarefa que estabeleci para mim mesma. Ao terminar as minhas práticas matinais, sinto a mesma sensação de plenitude, de completude. Sinto aquela conexão com cada centímetro do meu corpo e da minha mente.
Nós somos um! Estou em paz com meu corpo, com minhas emoções e com meus pensamentos. Estou pronta para começar o dia. Esta reflexão me trouxe uma certeza: a minha felicidade depende de mim mesma. Não posso esperá-la de ninguém. Cada um de nós merece, deve e pode ser feliz, desde que se responsabilize por essa felicidade.
Para terminar, quero passar para vocês uma prática de relaxamento. Ela também aparece no Ritual da Revelação.
Sentados, com a coluna reta, em uma posição confortável, fechamos os olhos. Sentimos nossa cabeça relaxar, com uma sensação de leveza e serenidade; os músculos da face se soltam; o pescoço e os ombros, que sustentam nossa cabeça, ficam descontraídos. Sentimos o ar entrar e expandir nossos pulmões e depois expiramos, lentamente. O ar oxigena todas as células do nosso corpo, o nosso abdômen acompanha o movimento da respiração, nossos braços e pernas estão relaxados. Sentimos nosso corpo repousado e em harmonia com o meio ambiente.
Esta prática dura apenas dois minutos. Que o impede de fazê-la?