Vamos seguir conhecendo as leis e os princípios que norteiam a vida moderna com a Lei da Aproximação Espiritual. Lembrando que um princípio é uma motivação, uma fonte de energia, uma afirmação que visa a uma melhora geral da humanidade, enquanto uma lei é a formulação em palavras do que está implícito num princípio, possibilitando que ele se manifeste na prática.
LEIS PRINCÍPIOS
Corretas Relações Humanas Boa Vontade
Esforço Grupal Unanimidade
Aproximação Espiritual Divindade Essencial
A Lei da Aproximação Espiritual nos aproxima de nossa essência e do universo, nos faz perceber que estamos conectados com o cosmos. Ela nos liga ao nosso Ser Maior, ao caminho através do qual nosso propósito de existência pode ser alcançado.
A aproximação espiritual, para muitas pessoas, está relacionada com a religião. Isso pode ser verdadeiro até certo ponto. A religião se liga a um tipo específico de fé, igreja ou seita, enquanto a Lei da Aproximação Espiritual cobre um campo muito mais amplo.
Tudo o que se relaciona com o real desenvolvimento da humanidade, ou seja, com a nossa entrada num nível de consciência superior, de que somos parte, é considerado espiritual.
As religiões, as igrejas e as diferentes escolas de pensamento são apenas métodos de aproximação, caminhos que escolhemos para nosso progresso espiritual.
Não há limites para a aproximação espiritual. Ela revela a história da vida humana na Terra, pois abrange desde o avanço das primeiras formas de consciência até qualquer forma de realização futura.
A evolução do ser humano em sua completude acontece por meio de uma série de aproximações graduais a níveis mais elevados de consciência, de contatos elevados que culminam na união consciente com o ser Supremo e Universal. Contudo, a aproximação espiritual não é somente vertical, mas também horizontal.
A aproximação vertical acontece entre a personalidade e a alma, ou o Eu Superior. Esse canal pode ser ampliado com meditações diárias. As aproximações horizontais se dão entre dois indivíduos, no momento em que um percebe a divindade do outro, entre grupos, entre comunidades e, finalmente, na humanidade como um todo.
As duas aproximações, horizontal e vertical, devem ser alcançadas de forma simultânea e equilibrada. O equilíbrio e a harmonia entre elas – para cima e para fora – cria uma expansão do campo esférico ou da aura de contatos: uma verdadeira síntese.
Tudo isso não é difícil de ser compreendido e pode até parecer um pouco óbvio, mas, ao considerarmos o tema com mais profundidade, percebemos que, para colocar essas ideias em prática, é preciso de muita sabedoria, de observação constante e de vontade determinada.
Tanto a aproximação vertical quanto a horizontal fazem referência a nós mesmos. Mas existe outro tipo de aproximação que conduz à unificação: a que nos chega por meio de níveis mais elevados da realidade. Elas vêm de cima em resposta a nosso chamado, à invocação feita por um indivíduo ou por um grupo. O agente intermediador pode ser uma alma ou seres mais elevados. No entanto, esses seres, impelidos pelas necessidades e pelos sofrimentos da humanidade, ou mesmo para implementar mais rapidamente o grande plano evolutivo, podem começar, por iniciativa própria, uma aproximação dos seres humanos, ou seja, uma ligação de cima para baixo. Esse contato é muitas vezes percebido através da intuição.
No momento atual, ambas as situações de proximidade estão em vigor. A necessidade da humanidade é aguda e urgente, e o uso de orações, de apelos e de invocações aumenta com força. Assim, existem boas razões para termos esperança ou até mesmo certeza de que uma grande comunhão está em andamento.
No mês que vem, vamos tratar do último princípio, o da Divindade Essencial.
Texto baseado em Meditação e Síntese – Parassíntese, Visão e Missão (São Paulo, Ed. Totalidade, SP, 2004). Organizado pelo CEPAZ, o livro reúne textos de Roberto Assagioli, fundador da Psicossíntese