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Núcleo de informação

No número 2 de 2024 da Revista Solaris foi publicado um artigo meu intitulado “Uma conversa inacreditável entre Nikola Tesla e o Diabo”.

Recentemente, encontrei mais um texto sobre a relação de Tesla com o mundo imaterial e gostaria de compartilhar algumas de suas ideias:

“(…) Se algures a fé e a ciência estão em conflito, na minha alma estes opostos estão harmoniosamente entrelaçados. Não há ciência sem Deus, tal como não há Deus sem conhecimento.
A inteligência de que o ser humano é dotado, não tenho dúvidas, é uma dádiva do ser a que chamamos Deus. Se as pessoas aprenderem a concentrar-se nesta verdade, encontrarão, como eu, a harmonia com o mundo.
(…) Tens de compreender que o ser humano é uma onda que viaja constantemente no espaço. No fim do ciclo de vida, não desaparecemos, mas dissipamo-nos como uma onda na superfície da água.
Passei muito tempo a estudar os escritos dos sábios do passado. Fiquei espantado com a fidelidade com que descreviam o que estamos a redescobrir hoje.
Algures no cosmos, há um núcleo onde se originam os nossos pensamentos. Dele retiramos inspiração para todo o tipo de ações. Há muito tempo que tento encontrar a resposta para o fato de ele precisar dela, e cheguei a esta conclusão – existe por causa da informação.
Deixem-me explicar. Duas pessoas receberam ordens diferentes para criar algo ou mesmo para ir à loja. Encontram-se, conversam sobre algo, discutem as suas ideias. Da sua conversa, nasce algo que nunca existiu no mundo antes. E nem sequer importa que ainda não se tenha tornado matéria. O núcleo absorve esse conhecimento e passa-o adiante.
Por vezes, como medida preventiva, ligava uma máquina de alta frequência à minha cabeça, o que me levava a um sono letárgico. E um dia, encontrei uma partícula de algo que ultrapassava os limites da ciência.
As pessoas não são corpos, são energia. E o corpo é apenas um receptáculo entre o qual ela viaja.
Eu vi-o. Ou melhor, uma pequena parte do núcleo dentro de mim. Quando lhe toquei, fui atravessado por um tal fluxo de informação que tentei recuperar a razão durante várias semanas, colocando tudo no seu lugar”
.

Essas palavras me fizeram lembrar do conceito de noosfera. Para alguns cientistas existe, além da biosfera, geosfera e atmosfera, um nível chamado noosfera. Noos significa conhecimento, mente; sphaire, esfera. Os dois maiores entusiastas da ideia foram Vladímir Vernádski e Theilhard de Chardin.

Noosfera seria uma esfera invisível de informação em volta do Planeta Terra. Vladímir Vernádski, geoquímico russo, conseguiu comprovar cientificamente a existência deste campo de energia-informação.

Pelo que li, alguns astronautas franceses, britânicos e americanos afirmam ter ouvido uma voz. A voz versava sobre o ser humano. As informações recebidas falavam da existência no universo de uma consciência central, algo como um grandioso biocomputador. Graças ao acesso a ela, cada ser humano recebe conhecimento.

Essa descrição se parece muito com as palavras de Tesla sobre o núcleo de conhecimento a que tivera acesso. Uma questão óbvia se levanta: como usar aquilo que a natureza humana tem, que cada um de nós tem?

A única resposta possível: por meio da evolução da consciência. Não se trata de uma consciência moral, mas de uma consciência da centelha divina, ou seja, uma faísca mental que permite interligar partes da existência humana em uma única realidade.

Sofia Mountian
Criadora da Teoria da Abrangência, fundadora do Instituto Solaris, presidente da ONG Solaris e uma das sócias da Plênita Consultoria. Sofia escreve mensalmente na Revista Solaris.
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