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Os aromas que curam

Há milênios, as plantas aromáticas desempenham um importante papel na vida dos homens. Na saúde, na beleza, na conservação de alimentos e na cura em todos os níveis. Os antigos egípcios já sabiam disso e utilizavam a aromaterapia nos processos de embalsamamento, mumificação e também no cotidiano.

Ao longo dos séculos, os óleos essenciais foram utilizados para evitar doenças, devido ao seu grande potencial antisséptico, antibactericida e antiviral. Mas o termo AROMATERAPIA é relativamente novo, ele foi cunhado por um químico francês chamado René Gattefossé (1881-1950), que estudou as propriedades medicinais dos óleos essenciais durante muitos anos.

Dando seguimento ao trabalho de Gattefossé, o médico francês Jean Valnet (1920-1995), durante a Segunda Guerra Mundial, utilizou óleos essenciais para tratar feridas de guerra. Ao final da guerra, Valnet continuou a usar os óleos para tratar diversas doenças, e foi o primeiro a usá-los no tratamento de questões psiquiátricas.

Hoje em dia sabemos que esses aromas possuem atributos poderosos nos níveis físico, mental e emocional, aromas que podem afetar nossa capacidade de entender, recordar e processar sentimentos ou emoções, e ainda propriedades cicatrizantes, antibacterianas, antifúngicas, antissépticas e antivirais.

Mas o que são os óleos essenciais?

Os óleos essenciais são substâncias oleosas, fragrantes e voláteis que são extraídas de diversas plantas e de diferentes partes, tais como: flores, frutos, folhas, cascas, raízes, sementes, resina e madeira.

Hoje em dia o uso terapêutico de óleos essenciais é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, e a aromaterapia é usada como uma terapia complementar no nosso sistema de saúde, o SUS.

Existem diversas formas de utilizar essas essências da natureza, as mais conhecidas são inalação e difusão. Há também o uso tópico (aplicação na pele) e até mesmo o uso por ingestão.

Quero citar aqui dois óleos que são como “curingas”, o Alecrim e a Lavanda: um traz a presença e atenção e o outro serve para acalmar e relaxar.

Alecrim Verbenona (Rosmarinus officinalis)

O alecrim traz lucidez e acuidade mental, é ótimo para ser utilizado ao estudar, pois ajuda a reter informação. Também é bom para os idosos porque estimula a atenção, a memória e a presença nas atividades diárias. É excelente para tratar problemas respiratórios, como congestão nasal e muco. Também age estimulando o couro cabeludo e pode ser usado como tratamento auxiliar contra a calvície. É um óleo adstringente, analgésico, antibactericida, antifúngico, antisséptico e antiviral.

Lavanda (Lavandula angustifolia)

O aroma doce e calmante da lavanda limpa e acalma a mente, trazendo clareza, ajudando a perceber detalhes e a organizar o caos. É ótimo para adultos e crianças, promove o relaxamento e melhora o sono.

Tem propriedades regenerativas e curativas, alivia queimaduras de sol, erupções cutâneas e picadas de insetos.

É um óleo analgésico, antibactericida, antidepressivo, antifúngico, anti-inflamatório, antiparasitário, antisséptico, antiviral, calmante e cicatrizante.

Para desfrutar de todos os benefícios desses óleos citados acima, basta pingar uma gota nas mãos, esfregá-las e inalar. Mas, antes de usar, lembre-se de verificar se não é alérgico.

Cátia R. Barroso
Solariana há mais de 15 anos, mãe, formada em design gráfico e estudiosa de aromaterapia e óleos essenciais.
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