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Prosperidade

O que é a prosperidade?
Se olharmos pela internet: “Prosperidade é o estado ou qualidade do que é próspero, ou seja, bem-sucedido, feliz e afortunado. A prosperidade é um estado que é cobiçado por quase todos os seres humanos, que desejam atingir padrões de vida que lhe garantam a contínua sensação de contentamento e estabilidade emocional” (significados.com.br).

A prosperidade é cultivada. Ela não acontece por si só, pois depende de algum esforço pessoal. Não podemos confundir prosperidade com riqueza. Uma pessoa pode nascer numa família rica, sem ter feito nada para conquistar essa abundância, mas isso não garante que esse estado vai se perpetuar. Por diversas razões, famílias perdem riquezas inteiras em circunstâncias que independem do indivíduo.

Já a prosperidade é o desenvolvimento constante com um objetivo bem traçado. A prosperidade normalmente traz um sentido existencial, portanto a pessoa próspera tem uma razão clara de viver e sua vida se desenrola sem sofrimento ou desequílíbrio emocional.

A realização de objetivos é uma situação normal entre pesoas prósperas. É possível dizer que a prosperidade sempre depende do indivíduo, de sua vontade de aperfeiçoar-se.

Nesse caso, não seria absurdo afirmar que a prosperidade pode ser alcançada por qualquer pessoa, bastando cultivar alguns hábitos, tais como: Trabalho, Aprendizagem e Determinação.

São hábitos que não envolvem o cotidiano. De nada adianta a pessoa trabalhar muito apenas no desempenho da sua função. Isso não é suficiente para conquistar prosperidade.

Cada funcionário tem sua função e tenta cumpri-la da melhor maneira. O importante é saber movimentar-se nela.

Há três tipos de observação que podem ajudar na sobrevivência da função dentro de uma empresa:

  • Conhecer bem quem é o responsável pelo fornecimento do material necessário para o trabalho e saber quem utiliza o produto elaborado pela função;
  • Entender o movimento do processo e a sua funcionalidade na elaboração do produto final;
  • Ter clareza dos avanços tecnológicos fora da sua empresa e se inteirar das possíveis mudanças. Muitas vezes, a função torna-se ultrapassada e pode surgir uma possibilidade de investir em outra. O que vale é manter a disposição para ampliar a competência profissional.

Dessa maneira, pode-se acelerar o desempenho da função, ampliando-a nas atividades profissionais.

O fato de alguém ter cuidado muito bem de uma máquina de escrever não eliminou o destino dela. Quem não percebe a necessidade de trocar a máquina por um computador, acaba por desacelerar seu movimento, acaba engolido. O mesmo pode ser dito de várias funções que consideramos eternas. Tudo dependerá de nós mesmos para mantê-las atualizadas e sempre em movimento.

Essa atitude gera o segundo hábito, que é a aprendizagem. A vontade de aprender mais. Aqui não se trata apenas de um conhecimento teórico, mas do que pode ser experimentado, de um conhecimento vindo de experiências reais. O que vale é o resultado. É necessário levar até o fim tudo aquilo que a pessoa desejou realizar.

Nessa hora, surge o terceiro hábito, que é a determinação para se chegar a um resultado. E não obrigatoriamente um resultado perfeito. Ninguém consegue isso.

Os resultados, mesmo modestos, são extremamente valiosos, pois nos permitem fazer correções em bases reais. E mais. Eles tornam a pessoa visível no seu movimento.

Sempre valorize as próprias experiências, que devem ser reais. É impossível viver sem expectativas, mas, para evitar a frustração, é preciso mudar o foco. O principal objetivo é a capacidade de aprendizagem, de aprender como se chegar a um resultado.
A aprendizagem, baseada em experiências, se aperfeiçoa por meio das repetições.

A pessoa próspera não vive dentro das regras do cotidiano. A prosperidade é um caminho feito de escolhas que visam ao resultado do que se quer. Esses três hábitos, o Trabalho, a Aprendizagem e a Determinação, não são inatos. Eles podem ser desenvolvidos por qualquer pessoa.

Existem, porém, três poderosos inimigos que atrapalham demais o caminho da prosperidade. Estou falando de Preguiça, Orgulho e Prazer.

A preguiça envolve a dificuldade de se fazer algo diferente. A falta de disciplina e incapacidade de se movimentar quando não está com vontade ou não se sente pressionado ou desafiado o suficiente. A preguiça tem um grande aliado chamado orgulho. A aprendizagem sempre pressupõe algo que a pessoa não sabe. Uma das características dos preguiçosos é justamente esconder, não demonstrar que não sabe de algo ou que o faz de modo imperfeito. A competição não faz parte da vida dessa pessoa. A justificativa de não experimentar algo é que não existe certeza de que o resultado será perfeito. Então nem vale a pena tentar.

Outro grande inimigo da conquista da prosperidade é o prazer. Gastamos muito tempo e dinheiro com atividades prazerosas, que não são obrigatoriamente vícios. Ao gastarmos tempo demasiado com aquilo que traz prazer imediato, não queremos outras fontes de realização. As fontes de prazer são alimentadas pela indústria dos prazeres, como jogos, bebidas, roupas, comidas ou viagens. Os sonhos começam a ser ditados por um prazer viável e instantâneo. Tudo parece estar ao nosso alcance, sem a necessidade de nos esforçarmos. No fim das contas, caminhamos de prazer em prazer.

A prosperidade, ou seja, a sensação contínua de contentamento, começa a ficar cada vez mais distante. Mas isso pode ser mudado. Basta delimitar no cotidiano alguns desafios que podem ser conquistados por meio de nosso próprio esforço.

Sofia Mountian
Criadora da Teoria da Abrangência, fundadora do Instituto Solaris, presidente da ONG Solaris e uma das sócias da Plênita Consultoria. Sofia escreve mensalmente na Revista Solaris.
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