Hoje fui surpreendida com o tempo batendo em minha porta.
Imediatamente comecei a cantarolar “Batidas na porta da frente / É o tempo…”, música magistralmente interpretada por Nana Caymmi. Sim, ele, o tempo, se apresentava cobrando uma conta do passado.
Fui conversar resignadamente com ele e lhe indaguei o que queria. Olhou-me sorridentemente e cobrou a conta.
Eu, indignada, lhe respondi que não sou culpada e ele travessamente argumentou: “Quem cala consente”.
Sim, é verdade. Logo me reportei ao nosso Arcano 8 do Tarô, que diz que regras são regras.
Elas precisam ser bem claras e estabelecidas para o bom desenvolvimento do processo de que fazemos parte.
Por mais que queiramos nos isentar, um dia a conta chega. Sabendo que a vida é movimento, não podemos estancá–la, temos que buscar as soluções evidenciando a todos os envolvidos as regras do jogo.
Então sorri para o tempo, curvei-me diante de sua eternidade e, respondendo à música — que diz que “o tempo aprisiona” —, eu me liberto.
Como vou me libertar? Perguntando o que eu quero com isso e esclarecendo a meta a ser alcançada, resta arregaçar as mangas e iniciar a busca para a solução das cobranças do Arcano 8.