2024 tem sido uma correria danada, mas agora deu uma amenizada e vou aproveitar o intervalo para escrever sobre uma das minhas palavras favoritas, “surpresa”. Aliás, 2024 já na entrada trouxe surpresas maravilhosas – se fosse escrever sobre o começo do ano, o título seria: “Dois Hotéis, Um Cowboy e Nabokov”, vai ficar para outra ocasião.
O canto OM de monges budistas que escuto enquanto escrevo este artigo me surpreende! Ė bom demais (escute aqui).
“Surpresa” se origina do francês surprendre. Sur, sobre; prendre, prender, pegar. A palavra francesa, por sua vez, se origina do latim. Latim, já sabemos, é o nosso grande ancestral, então ela vem da palavra prehendere, prender, pegar. A explicação sobre a origem da palavra latina ilustrava um pequeno roteiro entre um mocinho e um vilão. O vilão escapava de todas as armadilhas do mocinho, mas o mocinho planejava o plano B e, quando o vilão menos esperava, tcham, tcham… caía na armadilha. Aí o mocinho prendia o vilão e final feliz; prendere: “surpresa”! Os romanos me dão a impressão de que eram do meu time, também associavam a palavra “surpresa” com o positivo.
A surpresa de ver a nascente do Rio Prata em Campos do Jordão.
A surpresa do meu bacalhau chiquérrimo (leia mais).
A surpresa da jogada excepcional do Kaká quando marcou um gol contra a Argentina, no qual driblou quase o campo inteiro sozinho. Eu assisti a esse jogo na casa de um argentino, o placar de 3×0 ficou ainda mais surpreendente… (veja aqui).
A surpresa de ver o time de basquete de Los Angeles, o Lakers, que ocupa o nono lugar da liga West, vencer os líderes das ligas East e West, fora de casa. E sem o Lebron James, nosso melhor jogador (veja aqui).
Surpresa é uma maravilha da criação e muitas virão pela frente, muito mais do que podemos imaginar.