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Travessias

Reportagem especial | Instituto Solaris 25 anos

Idamys Busin, uma das alunas mais antigas do Solaris, é também uma de nossas nadadoras mais importantes. Conhecemos um pouco de suas travessias em matéria publicada em março de 2001 no Jornal da 3ª Idade, da qual retransmitimos alguns trechos:

“Às vésperas de completar 80 anos, Idamys Busin tem algumas preocupações a mais além de decidir se aceita ou não a festa que as três filhas, o marido e o único neto querem fazer para ela, em julho. Ela também tem que escolher um lugar melhor do que as caixas de papelão para guardar as mais de 320 medalhas e dezenas de placas de honra ao mérito (…).

Ela tinha sete anos quando o pai, Arthur Busin, um renomado técnico de salto e polo aquático da época, a introduziu nessas modalidades. Em 1941, com apenas 10 anos de idade, sagrou-se campeã de saltos ornamentais de trampolim. De 1947 a 1954 foi campeã paulista e vice-campeã brasileira dos 100 e 200 metros nado de costas.

O ano de 1948 foi bastante especial para Idamys, que bateu recordes também com o nado de costas: o paulista dos 100 metros e a prova de 400 metros, cujas marcas não eram superadas havia 15 anos. Ainda em 1948 ficou em 4º lugar nas Olimpíadas de Londres. O fim dos anos 40 e o início dos 50 foram pródigos em medalhas. (…)

Em 1951 participou dos Jogos Pan-Americanos, em Buenos Aires, ficando em 3º lugar. (…) Em 1954 conquistou o recorde paulista nos 400 metros nado livre. Em 1963, aos 32 anos, no IV Jogos Pan-Americanos, realizado em São Paulo, estava na equipe do balé aquático, modalidade que deu origem ao nado sincronizado. No fim dos anos 80, já com mais de 55 anos, voltou a competir na Categoria Sênior e o fez até 1994, quando participou do Máster de Natação, no Canadá, ficando em 3º lugar na classificação individual, nos 800 metros nado livre.”

Idamys sempre se lembra das travessias no Rio Tietê, “Nada era mais bonito do que esperar o pôr do sol dentro da água. Era muita emoção quando a gente se aproximava da Ponte das Bandeiras, e ela estava repleta do público torcendo”, e continua nadando, por prazer, “meu médico pede para eu não passar dos 400 metros, mas eu me distraio e, quando vejo, já passei dos 900…”.  Sem dúvida nossa grande nadadora define uma pessoa em contato com seu Gestor. No depoimento sobre seu ingresso no Instituto Solaris, ela conta, como, sem ter ideia do que se tratava, mas aberta ao novo – sentindo, pensando e agindo na Realidade Objetiva −, acabou se encontrando e iniciando uma nova travessia, na qual permanece há quase 25 anos:

Em outubro de 1989, caminhando pelo bairro de Higienópolis, que eu não conhecia muito bem, pois tinha acabado de me mudar, deparei com um sobrado em frente ao lugar que hoje ocupa o Shopping Pátio Higienópolis. Vi uma plaquinha na porta com a figura de uma mão e os dizeres: “Quiromancia”. Fiquei interessada, porém, não pude fazer nada naquele dia: a escola estava fechada.

Voltei no dia seguinte, subi as escadas e vi um grupo de pessoas debatendo o horário das aulas de um curso. Depois de muita discussão, ficou tudo resolvido, e uma pessoa, que depois soube que era a Sofia, informou-me os dias e a hora das aulas. Eu perguntei: “Mas o que eu vou aprender?” Recebi a resposta: “Tarô”. Fiquei decepcionada e pensei: “Mas eu não gosto de jogo! E agora?” Mesmo assim, resolvi fazer minha inscrição e comecei as aulas. Fiz todo o curso dos Arcanos Maiores e o curso Esotérico dos Arcanos Menores. No fim, acabei dando aula a várias pessoas, de fora e de dentro da escola, sempre fazendo leituras.
Outros cursos foram surgindo até tudo culminar na Teoria da Abrangência. É impossível enumerar os cursos de que já participei, só posso dizer que de cada um recebi conhecimentos e uma forma de pô-los em prática, que é o que faço até hoje.

Vendo as situações com um olhar mais abrangente, consegui encontrar-me melhor no universo e ficar mais flexível. Aprendi muitas coisas, como as práticas diárias, que me ajudaram a me entender e a controlar meu modo de ser agitado. Fiz amizades que já varam 20 anos e sinto-me bem trocando energias com todos da escola e, principalmente, em ter uma amiga como a Sofia, com a qual eu aprendi e continuo aprendendo muito. São vários os estudos ligados à teoria, como, por exemplo, a Cabala, que é a parte de que mais gosto.

Sempre estive ligada a espaços esotéricos, por quinze anos frequentei a Rosacruz, e foi muito bom, mas o Solaris é o lugar onde me encontrei e onde pretendo ficar.

Idamys Busin
Solariana e nadadora.
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