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Quanto tempo você gasta com você?

Vivemos imersos em compromissos, metas, notificações e prazos. Nossa agenda se enche de tarefas a serem cumpridas — mas, entre uma reunião e uma entrega, raramente há um espaço reservado para quem mais precisa de atenção: você mesma.

É curioso pensar que muitos de nós sabemos o que nossos chefes esperam, o que nossos amigos gostam de ouvir e sempre arranjamos tempo para a família; nessa lista, você é sua menor prioridade.

E você sabe como o seu corpo reage ao estresse? Já notou o que acontece com a sua respiração quando está ansiosa? Consegue se lembrar da última vez que se escutou de verdade?

A perda de contato com nosso próprio corpo e nossas emoções se tornou algo comum. Movimentos simples como alongar-se ao acordar, respirar profundamente — tudo isso vai sendo deixado de lado.

O corpo, paciente, continua tentando nos avisar por meio de tensões, fadiga, insônia, ou até mesmo doenças mais sérias.
A doença, muitas vezes, é o grito do corpo por atenção. É o aviso de que é hora de desacelerar, mudar, respirar. E se, ao invés de ignorarmos esses sinais, criássemos o hábito de nos ouvirmos antes que o corpo grite?
Dedicar tempo a si próprio não é egoísmo — é prevenção, é cuidado, é amor por si. E isso pode começar de forma simples.

Uma boa estratégia é montar uma lista com no mínimo 5 (até 10) atividades para incluir em sua rotina diária. Devem ser práticas curtas, prazerosas e que dependam exclusivamente de você. Também nos ajudam a observar nossa capacidade de manter o foco e de cumprir o que prometemos a nós mesmos.

Algumas sugestões de atividades:
• Caminhar;
• Dançar;
• Preparar um chá, um café, um chocolate ou um suco e saboreá-lo devagar;
• Alongar-se;
• Ouvir música com atenção;
• Ler uma poesia;
• Meditar por alguns minutos;
• Desenhar ou pintar algo simples;
• Escrever pensamentos em um diário;
• Cuidar de plantas ou flores;
• Tirar um tempo para observar o céu ou sentir o sol;
• Fazer exercícios de respiração consciente.

Afinal, é possível arranjar cinco minutinhos para se dedicar a algo que nos traga prazer e alegria todos os dias.

A pergunta “Quanto tempo você gasta com você?” não busca uma resposta exata em minutos. Serve para lembrar que viver no automático significa se afastar de si mesmo. E que a cura — física, emocional ou espiritual — começa quando nos tornamos uma prioridade em nossa própria vida.

Plênita Consultoria
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