Entramos na correria de fim de ano e eu no Brasil correndo para aproveitar todos os minutos da minha visita anual.
O Sabino conta de quando ele começou a correr na praia. Se sentiu pressionado pelo corpo e pela idade, quis fazer exercício, resolveu entrar para a elite intelectual praticante do culto carioca do jogging à beira-mar. Para tal, ele comprou uma conga! Imagine correr de conga, que beleza que deveria ser…
Ele começou a cruzar os amigos no calçadão, ver o dia a dia carioca de outra forma, foi entrando no ritmo e curtindo, apesar do esforço. Até que um belo dia a filha deu um toque: pai, tá todo mundo dizendo que você corre meio envergado.
Ele se sentiu traído.
Eu me senti quase traída quando entrei para escola de ioga. Mas não sucumbi à pressão alheia. Me recusei — me recuso até hoje — a levar aquela esteirinha grudenta pegajosa escrotíssima, sou a única aluna da escola que não a usa, vou no chão mesmo com fé e alegria. E, ao contrário do Sabino quando comprou sua conga, eu quase morri quando comprei a calça legging oficial das aulas. Foi numa loja chamada Lululemon, que de Lulu não tem nada, um nome bem inocente para quem mete a faca, foram 140 dólares pelo legging.
Desejo um final de festas sem correria mas com muito movimento para todos nós! Movimento da nossa matriz, dos nossos eus, nosso eneagrama e do nosso corpo em geral, mens sana in corpore sano! Eita, coisa boa!
Até 2026!