As emoções permanentes são fortes e inesquecíveis. Constituem uma reserva de vitalidade, protegem nos infortúnios e dão um motivo claro para viver.
Existem dois tipos de emoções permanentes: emoções de comprometimento e de pertencimento.
As emoções de comprometimento envolvem cuidados especiais, ensinamentos para manter a sobrevivência, proteção contra qualquer coisa que ameace a vida do ser humano.
Ao nascer, toda pessoa precisa dos cuidados de alguém. As emoções de comprometimento representam o guardião físico do lugar onde o ser humano nasce. O amor materno ou paterno é para sempre, uma emoção que produz laços permanentes de conexão.
Emoções de pertencimento não vêm de uma pessoa, mas do objetivo de encontrar as condições necessárias para se desfrutar da existência. Uma pessoa procura e encontra uma razão, um senso de pertencimento.
As emoções de pertencimento respondem pela convivência entre pessoas num meio ambiente marcado pela liberdade. O meio não se importa com indivíduos, mas com sua capacidade de cumprir determinada função no local.
Quero destacar hoje a emoção de pertencimento não ligada exatamente a um local, mas a uma egrégora
Se espiarmos a Wikipedia, lemos que “uma egrégora é a energia coletiva, a ‘mente de grupo’, gerada pela união de pensamentos e sentimentos de várias pessoas, que pode ter uma existência independente ou ser apenas a força psíquica do grupo. O termo provém do grego que significa ‘vigia’, e é usado em contextos esotéricos para descrever a força espiritual que surge quando as pessoas se reúnem com uma finalidade comum, como em rituais ou para construir uma “mente coletiva”.
Essas definições, criadas por essa enciclopédia coletiva, são bastante pertinentes. Vamos entender melhor o significado e os princípios de uma egrégora. Antes de tudo, é preciso compreender a origem e a força da energia protetora e construtiva das egrégoras.
- Origem da fonte geradora de uma egrégora
A origem de uma egrégora é sempre muito elevada, pertencendo ao Plano Universal[1], que é responsável pela manutenção de vida inteligente no planeta. Essa tarefa tão árdua envolve uma série de substâncias sutis capazes de circular entre os planos e materializar a vontade do Plano Universal.
A fonte geradora do Plano Universal consegue criar as substâncias sutis contendo uma ideia inovadora e necessária para a humanidade, uma fonte especial de conhecimento que mantém nosso grau espiritual, moral e intelectual em níveis adequados.
É sabido que as religiões tradicionais foram criadas por seres muito especiais, que conseguiram dar às pessoas esperança e consolo para aguentar destinos muitas vezes cheios de percalços, sem sentido ou proteção. Uma egrégora, portanto, sempre começa em torno de uma pessoa que estabelece o canal com o Plano Universal, ou que tenha sido enviada por ele. Não há egrégora sem um criador nos Planos Físico e Vital. No entanto, esse criador não é um deus, ele conhece muito bem sua condição de servir e de obedecer às necessidades do Plano Universal.
- Capacidade de materialização dessa fonte
O alcance da fonte criadora depende da capacidade que o criador tem de reunir pessoas em torno do conhecimento e das práticas, com dedicação e fidelidade à egrégora. A constância na prática espiritual e no uso do conhecimento é fundamental para manter a fonte vibratória em frequência adequada. A possibilidade de materialização da egrégora depende muito do tipo de conhecimento e de sua necessidade por determinada época histórica.
Quanto ao criador, existe uma condição essencial ao seu trabalho: dedicação total à sua missão, isto é, além de passar o conhecimento, ele faz das práticas espirituais uma rotina permanente. Ele ensina o que pratica.
- Constância no funcionamento de uma egrégora
A constância no funcionamento é o mais difícil de alcançar, pois esbarra com a enorme dificuldade que as pessoas têm de serem fiéis a algo novo, sem aprovação da sociedade organizada.
As regras de funcionamento de uma egrégora não podem ser quebradas em hipótese alguma, devem ser levadas com disciplina. No entanto, vivemos de acordo com convenções sociais que ocupam nosso tempo e dificultam qualquer mudança. Isso dificulta a dedicação constante a novos hábitos. Apenas um grupo muito fiel ao conhecimento pode ser capaz de dar apoio ao mestre da egrégora. Sem esse esforço coletivo, o funcionamento físico da egrégora torna-se impraticável.
A constância depende de dedicação individual e da existência de um grupo unido ao redor da fonte geradora da egrégora. A existência de um mestre vivo facilita muito essa tarefa.
- Poder de uma egrégora
O poder de uma egrégora é inestimável. É uma fonte que protege, cura e revitaliza as pessoas que entram em contato com ela, mas esse poder vai muito além disso. É imensurável a contribuição das egrégoras ao enriquecimento da bagagem criativa e inspiradora da humanidade.
O mestre que inicia uma egrégora deixa um legado formalizado, cujo conteúdo nem sempre é todo compreendido na sua época, mas que conserva uma sobrevida por muitos séculos. Os livros dos grandes alquimistas, por exemplo, foram, e são, de extrema importância para as gerações que sucederam a eles. Com seu trabalho ininterrupto na busca das chaves das transformações da natureza, eles deram enorme contribuição à Química, à Medicina e à Metalurgia. Os alquimistas formam uma egrégora muito antiga, iniciada, conforme a tradição, por Hermes Trismegisto e sua Tábua de Esmeraldas.
Os templários e os cátaros são também bons exemplos. Eles são grandes inspiradores da Literatura, da Arquitetura, da Filosofia e da vida espiritual, com a manutenção dos seus princípios morais na nossa vida cotidiana. A lenda do Santo Graal, tão explorada pelos cátaros, conserva sua importância como a busca de energia espiritual elevada existente em cada ser humano.
- Condição fundamental para a existência de uma egrégora
Uma egrégora, além de proteção, representa uma possibilidade de evolução para o ser humano. As egrégoras, sendo ligação permanente com a fonte geradora, trazem permissão para que isso aconteça. Existe, no entanto, uma condição fundamental: a egrégora não pode ser regulamentada pelas leis vigentes da sociedade. Isso não significa que se trata de uma organização subversiva, mas simplesmente que o conhecimento que fundamenta a egrégora ainda não foi aceito ou aprovado pelas regras vigentes. É sempre algo inovador.
Essa condição exige um posicionamento moral dos participantes, pois, além deles, o mestre não tem para quem apelar. Ele jamais irá reclamar a algum órgão regulador, como o sistema judiciário. Muitas vezes, os principais discípulos trazem ligações com determinada egrégora de outras vidas. Os buscadores são responsáveis pela propagação das novas ideias e do novo conhecimento.
A egrégora é uma família que ultrapassa séculos. O fato de pertencer a ela garante um salto evolutivo que muda a vida da pessoa. Mas a constância no cumprimento dos princípios e nos compromissos assumidos não pode ser esquecida.
Certamente não é fácil encontrar uma egrégora que reúna todas essas condições. Em geral, elas não são ostensivamente divulgadas. Mas para aqueles que procuram as portas estão abertas.
O Solaris hoje é uma egrégora que vive em função de sua força geradora e da presença de indivíduos. A Egrégora Solaris tem um conhecimento inovador e participantes que recebem sua força e proteção e cumprem com suas responsabilidades, diante de si e do coletivo. Hoje somos um grupo diferenciado, comprometido consigo mesmo e com a egrégora, usando um campo vibracional conectado com forças superiores de nossos Mestres. Somos da Egrégora Solaris, que nos dá plena confiança no sentido que nos move. Somos solarianos.
[1] De acordo com a Teoria da Abrangência, a existência pode ser compreendida pelo conceito dos três planos: Plano Físico, Plano Vital e Plano Universal. No Plano Físico a pessoa existe em forma tridimensional, com seu corpo físico e sua personalidade; no Plano Vital funciona como membro da sociedade e, atualmente, como objeto de consumo; e no Plano Universal ela existe como um registro, uma fonte de informação.