Nasci em 1963, com um peso acima do normal, no meio da madrugada. Era o início da primavera.

Contavam meus pais que, por falta de inspiração para um nome da caçula da família, foram pesquisar em uma lista do hospital dos que haviam falecido naquela noite. Para mim, um tanto esquisito.

Com o tempo, fui me acostumando com essa ideia, apesar de ser motivo de chacota para muitos que ouviam essa história, algo não muito comum. Sofia foi o nome. Sabedoria! E ainda era o nome de uma grande diva italiana do cinema americano. Era muito bonita!

E assim fui, durante a minha infância, convivendo com esse nome.

Em casa, não era vista como a sábia ou a diva da família, mas como a “Sofia, a Desastrada”. Nome de um livro que ganhei de presente, no auge das minhas ações atrapalhadas e destrambelhadas que acabavam em pequenos acidentes… Será o uso de tanta força para pequenos atos? Acredito que sim… Eram e continuam sendo intensos e constantes…

Posso afirmar depois desses anos vividos que, apesar dessa atitude inusitada dos meus pais, agradeço não só pela escolha desse nome, mas pela forma como ela foi feita. Um tanto confusa, improvisada e, acima de tudo, engraçada. Como se soubessem ou sentissem que a caçula seria assim.

Hoje frequento uma escola que me dá parâmetros para me entender e, assim, seguir em frente no meu caminho de vida. Me mostra uma diretriz, e isso me ampara e faz com que o meu caminho fique mais leve, mesmo nos momentos tristes, e até alegres, que vou deparando ao longo da vida.

Sofia, nome forte, sim, tanto que até na escola é respeitado e abençoado.

“O nome Sofia, de origem grega (Σοφία, Sophía), significa sabedoria. É um nome feminino bastante popular em diversas culturas e países, transmitindo a ideia de conhecimento e inteligência.”