Realidade Objetiva é um dos conceitos fundamentais da Teoria da Abrangência.
Realidade Objetiva “refere-se à realidade tal como ela é”, independentemente da percepção que se tem dela. Ela existe fora de “nosso cérebro”, sem sofrer influência dos “pensamentos, sentimentos ou crenças”. A definição, que aparece mesmo na Wikipedia, é correta e clara. A Realidade Objetiva é externa e objetiva e independe daquilo que acham dela.
Na Teoria da Abrangência, o conceito de Realidade Objetiva envolve a coexistência da pessoa com o local físico em que está. O local, que pode ser conhecido, desconhecido ou até familiar, é uma Realidade Objetiva e já o era antes da presença dela.
Para ser aceita pelo local, a pessoa deve ter uma existência objetiva, ou seja, ela também precisa se tornar uma Realidade Objetiva. Para existir lá é preciso se fazer visível, observável e compreendida de forma imparcial, sem definições subjetivas. O local aceita uma pessoa como Realidade Objetiva ou como um fato real desde que ela esteja presente por inteiro ali.
Mas o que se deve fazer para isso? Além da presença física, as habilidades inatas são plena e visivelmente expressas. A pessoa entrega sua vitalidade ao local, manifestando emoções capazes de reforçar a energia vital dele. No entanto, somente uma emoção positiva é capaz de virar uma fonte motivadora.
Além disso, sua capacidade de se comunicar também enriquece o ambiente por meio da expressão de ideias, conhecimento, opiniões ou troca de informações. O fato de demonstrar sua competência profissional ou participar de atividades que acontecem no local é também algo muito valioso. Um cliente de banco ou de uma padaria podem, por exemplo, se tornar uma Realidade Objetiva para o local com que coexistem.
As três entregas, contudo, precisam ser patentes e manifestas para que alguém se torne realmente parte da Realidade Objetiva de um local. Estar ciente do local, expressar sua relação emocional com ele, comunicar-se, sempre com a atenção dirigida às atividades existentes, atuante naquilo que o local disponibiliza – tudo isso torna a pessoa visível e importante para ele.
Parece simples, mas não é. O que é pensado, mas não falado, o que é sentido, mas não dirigido ao local, a não participação nas atividades do local, tudo isso dificulta o processo de ser percebida por ele.
Presentes e concentrados no local, viramos um foco consciente dele. A consciência, elemento mental de origem superior, permite interligar as partes da existência humana em uma única realidade. Conscientes disso, há um despertar de nosso lado divino, ou seja, criador.
A consciência é sempre criativa. Como o próprio nome diz, refere-se à capacidade de criar uma vida, de criar uma Realidade Objetiva dentro de um local físico. É claro que o poder pleno não nos pertence, temos uma pequena fração dessa capacidade que transcende.
A presença consciente de alguém em um local pode modificá-lo. Ela começa a influenciar suas atividades, percebe o que não funciona ou abraça uma oportunidade que pode transformar sua vida.
Já a falta de foco implica falta de participação, que, mesmo justificada, tem efeito negativo. A pessoa começa a se sentir excluída. Ela se torna invisível e pouco relevante para o local. E, o que é pior, sente-se uma intrusa e perde a vontade de voltar. Vem a conhecida sensação: o que estou fazendo aqui entre pessoas que nada têm a ver comigo?
Cabe à pessoa incluir-se na Realidade Objetiva do local, estar presente e se tornar um foco da consciência criativa. Devemos fazer as seguintes perguntas:
Onde estou?
O que acontece no local?
O que sinto em relação ao local?
O que estou falando do local?
O que estou fazendo no local?
As perguntas funcionam como uma correção existencial. Ao respondê-las, você se torna uma Realidade Objetiva para o local, começa a aparecer e a influenciá-lo.